Conhecendo a Trilha do Vinhático

 Hoje vamos levá-lo em uma jornada emocionante por uma das trilhas mais encantadoras do Brasil - a Trilha Vinhático do Parque Estadual do Rio Doce. Prepare-se para explorar a rica biodiversidade, as paisagens deslumbrantes e a serenidade deste magnífico parque estadual sem sair de casa. Vamos começar nosso tour virtual!

Conheça o Parque Estadual do Rio Doce

A Trilha do Vinhático

O rei dos Pica-Paus

O pica-pau-rei (Campephilus robustus), maior pica-pau do Brasil mostrou como obter alimento.
As aves do Parque Nacional do Rio Doce são verdadeiramente impressionantes. Essas criaturas aladas embelezam os céus e enchem a floresta com suas cores, cantos e comportamentos únicos. Conhecer e apreciar a rica avifauna desse parque é uma experiência enriquecedora e nos lembra da importância de preservar esses habitats naturais.
Infelizmente o Parque Nacional do Rio Doce também enfrenta desafios significativos em relação à conservação. O desmatamento, a fragmentação do habitat e a poluição representam ameaças constantes para a avifauna e outros animais que dependem desse ecossistema. A conscientização e ações de conservação são fundamentais para proteger essas aves e garantir a preservação desse tesouro natural.

As andorinhas voltaram

Andorinha-do-rio (Tachycineta albiventer) é encontrada na América do Sul, incluindo o Parque Nacional do Rio Doce, no Brasil. Também é conhecida por outros nomes, como Andorinha-de-dorso-branco ou Andorinha-do-rio-doce.

A Andorinha - do - rio é uma ave pequena e elegante, com cerca de 13 centímetros de comprimento. Ela possui um dorso de cor azul brilhante, contrastando com a parte inferior branca. Suas asas são longas e pontiagudas, permitindo que voem em velocidades impressionantes. O bico é curto e fino, adaptado para capturar insetos em pleno voo, que constituem sua principal fonte de alimento.

Uma característica marcante dessa espécie é o seu voo rápido e acrobático. As Andorinhas-do-rio podem ser observadas em grupos, voando em formação, executando giros e curvas no ar. Esses comportamentos de voo são uma forma de se comunicar e também ajudam a confundir predadores em potencial.

Os macacos

Presentes em todo parque do Rio Doce, são espertos e gostam de chamar atenção.

No Parque Estadual do Rio Doce é possível encontrar diversas espécies de macacos que habitam a região. Esses primatas desempenham um papel importante na ecologia do parque, ajudando a dispersar sementes e contribuindo para a manutenção do equilíbrio ecológico.

Uma das espécies mais comuns e emblemáticas é o macaco-prego (Sapajus nigritus), que inclui diferentes subespécies. Os macacos-prego são primatas de médio porte, com pelagem geralmente marrom ou preta e uma distintiva coroa de pelos ao redor da cabeça. Eles têm uma cauda preênsil que os auxilia na locomoção nas árvores. Esses macacos são conhecidos por sua inteligência e habilidades cognitivas, além de exibirem comportamentos sociais complexos.

Outra espécie encontrada no parque é o sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), um pequeno primata endêmico da Mata Atlântica. O sagui-da-serra-escuro possui uma pelagem densa e macia, geralmente de cor marrom-escura, e uma mancha branca característica na testa. Eles são conhecidos por sua agilidade e habilidade em pular entre as árvores. Esses saguis vivem em grupos sociais cooperativos, que incluem um casal reprodutor e outros membros da família.

Outro macaco presente na região é o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus). Também conhecido como mono-carvoeiro, o muriqui-do-norte é o maior primata das Américas. Eles possuem uma pelagem densa, geralmente de cor marrom-escura, e uma cauda preênsil que auxilia na locomoção nas árvores. Os muriquis são conhecidos por viverem em grupos grandes e por serem uma espécie altamente ameaçada de extinção. Sua presença no Parque Estadual do Rio Doce é de grande importância para a conservação dessa espécie.

Além dessas espécies, o Parque Estadual do Rio Doce abriga outros macacos, como o macaco-estrela (Chiropotes satanas) e o bugio-ruivo (Alouatta guariba), que são menos comuns, mas igualmente fascinantes.

É importante destacar que o Parque Estadual do Rio Doce desempenha um papel crucial na proteção dessas espécies de macacos, oferecendo um ambiente adequado e preservado para sua sobrevivência. A conservação desses primatas depende da preservação do habitat e da conscientização sobre a importância de proteger essas áreas naturais.

Em conclusão, o Parque Estadual do Rio Doce abriga uma diversidade de macacos, como o macaco-prego, o sagui-da-serra-escuro, o muriqui-do-norte, o macaco-estrela e o bugio-ruivo. Essas espécies desempenham papéis importantes nos ecossistemas locais e são um verdadeiro tesouro da fauna brasileira. A preservação e conservação dessas áreas protegidas são essenciais para garantir

A mata atlântica

O Parque Estadual do Rio Doce desempenha um papel fundamental como uma reserva da Mata Atlântica. A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, e infelizmente, grande parte desse bioma já foi destruída devido ao desmatamento e à expansão urbana e agrícola.

Dentro do parque, é possível encontrar uma grande diversidade de espécies da flora da Mata Atlântica, incluindo árvores de porte imponente, como jequitibás, jacarandás, cedros e ipês. Essas florestas desempenham um papel crucial na regulação do clima, na conservação do solo e na manutenção dos recursos hídricos.

Quanto à fauna, o Parque Estadual do Rio Doce abriga uma ampla variedade de espécies de animais característicos da Mata Atlântica, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios e insetos. Além dos macacos mencionados anteriormente, o parque é o lar de espécies como antas, pacas, capivaras, onças-pardas, tucanos, jacus, serpentes e muitas outras.

Além de sua importância para a conservação da biodiversidade, o Parque Estadual do Rio Doce também desempenha um papel crucial na manutenção dos serviços ecossistêmicos fornecidos pela Mata Atlântica. Ele atua como um corredor ecológico, permitindo a conectividade entre diferentes fragmentos de floresta e facilitando a dispersão de espécies.

É importante destacar que o Parque Estadual do Rio Doce enfrenta desafios significativos de conservação, como a pressão de atividades ilegais, desmatamento ilegal e invasões de terra. No entanto, esforços de conservação e monitoramento têm sido implementados para proteger e preservar essa área única da Mata Atlântica.

Em suma, o Parque Estadual do Rio Doce é uma reserva valiosa da Mata Atlântica, fornecendo abrigo e proteção para uma rica diversidade de espécies vegetais e animais. Sua conservação é essencial para a manutenção da biodiversidade, dos serviços ecossistêmicos e da beleza natural desse importante bioma brasileiro.

Área de descanso

Durante a trilha há uma área de descanso, com vegetação composta por árvores frutíferas.

As áreas de descanso são importantes para diversos aspectos relacionados ao bem-estar humano e à conservação da natureza. Como por exemplo a recuperação física e mental: As áreas de descanso oferecem um ambiente tranquilo e relaxante, permitindo que as pessoas descansem e reabasteçam suas energias. Isso é particularmente importante em um mundo cada vez mais acelerado, onde o estresse e a fadiga podem se acumular. Ao proporcionar espaços onde as pessoas possam relaxar e recarregar, as áreas de descanso contribuem para a saúde mental e física.

Relatos da Trilha do Vinhático

Relato do aluno Renan Maestre

O grupo de iniciação científica da Escola Estadual Padre Dionísio Homem de Faria , foi fazer uma trilha no Parque Estadual do Rio Doce ( Trilha do vinhático) , o guia ( Marlinho ) que nos conduziu pela trilha . A trilha que fizemos era apenas 1 das mais de 300 existentes , assim que entramos podemos perceber como é uma mata densa e com árvores muito altas ( por causa da mata ser muito densa , as pequenas árvores tem que crescer muito pra conseguir ter contato com a luz solar ) . Durante a trilha conseguimos ver algumas espécies de animais como o pica-pau-rei , anta , algumas aranhas , macacos ,entre outros , e também algumas espécies de plantas como o juburandi, que foi uma planta que me chamou muita atenção : Essa e uma planta com efeito anestésico, o guia nos deu um pedaço dela pra provarmos e assim que colocamos ela na boca , a nossa língua começa a formigar , e causar uma sensação anestésica .

O parque também contem um espaço de camping onde vc pode ir com sua família para fazer um churrasco, acampamentos etc ; tem um restaurante onde tem um pastel muito bom ; área para nadar ; área para navegar etc. Foi muito boa a experiência de ir ao parque.

Relato do aluno Bryan Ballack

No dia 13/05/2023 tivemos a incrível experiência de realizar a atividade em campo no Parque Estadual do Rio Doce(PERD).Uma incrível experiência que ficará marcada em nossa memória, onde pudemos ter contato com a Mata Atlântica tão próximo de nós.
Pela Trilha do Vinhático nós tivemos a noção o quão complexo e fenomenal é a formação fitogeografica presentes nas florestas de tabuleiro, onde as maravilhosas Perobas (Paratecoma peroba) e os imponentes Jequitibás (Cariniana legalis) destacam-se entre as pequenas e perigosas Brejaúvas (Astrocaryum aculeatissimum) e os Palmiteiros (Euterpe edulis).
Além de centenárias árvores também damos atenção aos pequenos fungos e plantas; em especial deve-se comentar sobre o Jamborandi-tremedeira (Pilocarpus jaborandi), planta que já foi usada por indígenas que habitavam o vale do rio doce muitos anos atrás, sua característica dormência é usada para uso medicinal.

Se tratando de animais nós tivemos um breve contato com a complexa e exuberante fauna do PERD.No começo do campo se observava um bando misto entre Figuinhas (Conirostrum speciosum), Saís-azul (Dacnis cayana) e Gaturamos (Euphonia violacea) que se se alimentavam do doce néctar do Canudo-de-pito (Mabea fistulifera).
O PERD apresenta uma incrível paisagem acústica, a qual encantou nossos ouvidos durante o trajeto.Os fortes gritos dos Papagaios-moleiro (Amazona farinosa) em conjunto com a alegria do grupo de Sauás (Callicebus nigrifrons) acompanhando com os tamborilados inesperados de um Pica-pau-rei (Campephilus robustus) nos mostrava que estávamos dentro do coração da mata.
Assim que andávamos notamos como lascas de madeira caíam.Se tratava de uma fêmea de Pica-pau-rei (C.robustus) que se localizava praticamente no dossel da floresta, onde estava ativamente forrageando.
Mas em particular o encontro mais incrível que tivemos foi com uma enorme Anta (Tapirus terrestris) que logo ao perceber nossa presença saiu aos galopes para se refugiar na mata.
As construções dentro da Trilha do Vinhático abrem a nossa curiosa mente para tentarmos compreender o passado ali da região.Mangas e Laranjas, plantas exóticas no Brasil podem ser encontradas em certa parte da trilha.
Mesmo com o o grande incêndio de 1967 tenha destruído grande parte da vegetação ainda sim se encontra algumas partes da trilha que estão em estado primário e outras que estão se recuperando.

Logo após nós retirarmos da trilha fomos em direção à sede do PERD, onde encontramos a maior lagoa natural do Brasil, a Lagoa do Bispo.A Lagoa do Bispo é lar de Capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) e Jacarés (Caiman latirostris) nadam tranquilamente pelas pacatas águas da lagoa.
Um dos peixes que podermos notar na lagoa foram filhotes de Tucunaré (Cichla cf.monoculus), peixe exótico introduzindo na bacia do Rio Doce na década de 80, sendo um problema pois competem com peixes nativos.
Também notamos os curiosos e brincalhões Macacos-prego (Sapajus nigritus), esses primatas se acostumaram com a presença humana e hoje vivem por roubar comida das pessoas que ali aproveitam.

Por fim passamos pelo restaurante para comermos um pouco, afinal já estávamos cansados e fomos embora.Foi uma viagem incrível, onde tive o prazer de apresentar um pouco do PERD para meus colegas que por ali nunca estiveram e incentivar que os mesmos também criem um gosto e respeito pela natureza.

Relato aluno Pedro Lucas Calais

Hoje tive o prazer de embarcar em uma aventura emocionante pelo Parque Estadual do Rio Doce, mais especificamente na Trilha do Vinhático. Como um amante da natureza e ávido por novas experiências, estava ansioso para explorar essa área deslumbrante de Minas Gerais.

Primeiramente pegamos a estrada em direção ao parque logo pela manhã, Reunido com um grupo de entusiasmados aventureiros e o professor Guilherme, fomos recebidos por um guia local experiente que nos conduziria pela jornada. Suas palavras inspiradoras e conhecimento sobre a região só aumentaram a minha animação.

Enquanto adentrávamos na floresta, fui imediatamente envolvido pela densa vegetação e pelo ar puro. O guia nos contou sobre a importância do Parque Estadual do Rio Doce na preservação da biodiversidade local e das espécies em extinção, destacando o protagonismo do vinhático, uma árvore majestosa e símbolo dessa trilha.

Durante a caminhada, encontramos uma planta anestésica que eu não me recordo o nome, onde provamos. A diversidade de espécie que encontramos lá era uma coisa incrível , lá encontramos Anta, pica-pau rei, macacos entre outras espécies.

Após algum tempo de caminhada, chegamos a um mirante estrategicamente posicionado, onde pudemos apreciar a vista panorâmica do Parque Estadual do Rio Doce. A paisagem verdejante, com montanhas ao longe e o brilho do sol refletindo nas águas do rio, era simplesmente deslumbrante.

Depois fomos próximo a lagoa para visualizarmos a linda vista, onde vimos diversos filhotes de tucunaré próximo a beira.

Nossa aventura na Trilha do Vinhático chegava ao fim, mas as memórias e emoções vivenciadas ao longo do caminho permanecerão para sempre comigo.

Relato do aluno Pedro Lucas Correa

No dia 13/05/2023 (sábado) foram para o Parque Estadual do Rio Doce (PERD) os alunos do primeiro e segundo ano da escola Padre Dionísio Homem de Faria em uma viagem para conhecer a fauna e flora da Mata Atlântica do local e percorrer a trilha do Vinhático.
Começamos chegando no parque e com o guia local fomos todos adentrar a floresta por meio da trilha, ao decorrer do caminho, foi possível ouvir diversas espécies de pássaros e até mesmo ver uma anta! Capturamos inúmeras fotos e panoramas para a construção de um mapa virtual da trilha do vinhático.
Foi uma ótima experiência presenciar o local, tendo em vista que jamais havia estado tão próximo da Mata Atlântica como na trilha do Vinhático. Era surpreendente a quantidade de espécies de plantas e principalmente aves que havia no caminho da trilha.
Após percorrer todo o caminho, juntos nós fomos até o restaurante do parque e comemos para depois seguir caminha à sede do PERD, onde pudermos observar do alto de uma torre a Lagoa do Bispo, a maior lagoa natural do Brasil. Logo após, tivemos a oportunidade de ir até a margem do lago onde conseguimos achar filhotes de Tucunaré e outras aves presentes no local.
Ao voltar do parque, todos nós fomos até a um restaurante para comermos e assim retornar a casa. Por fim, foi incrível ir até ao (PERD) e à trilha do Vinhático, como dito anteriormente, foi uma ótima experiência estar junto a meus colegas e professor em um local de preservação da mata atlântica com incontáveis espécies de animais e plantas diferentes, foi um passeio muito empolgante.

Sobre a atividade

O Parque Estadual do Rio Doce (PERD) é uma unidades de conservação da natureza pertencente ao governo do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do Brasil. Localiza-se no Vale do Rio Doce, entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio, integrantes da Região Metropolitana do Vale do Aço. Foi criado em 14 de julho de 1944 e configura-se como uma das principais áreas de proteção à biodiversidade de Minas Gerais, com a maior área contínua de Mata Atlântica preservada em no estado, sendo inclusive por vezes reconhecido como a "Amazônia mineira".

Contatos:
E-mail: guilherme.jose.pereira@educacao.mg.gov.br
Instagram: @profbioguilhermejose
Colaboradores:
Núcleo de Iniciação Científica da EE Padre Dionísio Homem de Faria
Alunos:
Bryan Ballack Miqueias Rocha de Almeida
Pedro Lucas Corrêa Oliveira
Pedro Lucas Tostes de Calais
Renan Maestre Souza Ferreira